Imagem: Ilha da Madeira
O ‘corredor verde’ da ilha portuguesa abre as portas aos visitantes, mesmo àqueles que ainda não foram vacinados.
De olho na aproximação do verão, Portugal vem implantando os primeiros testes com o chamados “passaportes da vacina”, que permite viagens de turistas que já foram imunizados contra a Covid-19.
O programa piloto foi iniciado na Ilha da Madeira, que fica a 800 quilômetros do continente. A região tem toque de recolher às 19h, mas na sua capital, Funchal, as esplanadas estão cheias de gente tomando café ao sol enquanto os clientes entram e saem das lojas.
Madeira é um dos poucos locais da Europa que recebe turistas e desde 18 de fevereiro está operando um corredor para viajantes que se recuperaram da Covid-19 nos 90 dias anteriores, ou que foram vacinados contra o vírus, uma prévia de como pode funcionar um futuro passaporte de vacinas para viagens pela União Europeia.
Os viajantes vacinados devem apresentar um certificado de imunização em inglês, validado em seu país de origem, que inclua nome, data de nascimento, tipo de vacina e a data (ou datas) em que foi administrada. Os turistas também devem respeitar o período de ativação estabelecido no resumo das características do imunizante.
A pandemia atingiu radicalmente o setor de turismo europeu. Ao todo, as atividades turísticas recuaram 71% em 2020, com perdas multibilionárias. Agora, as autoridades correm para salvar a temporada 2021 e impedir que a catástrofe financeira se prolongue.
Se a UE adotar o digital green certificate (certificado digital sinal verde), todas as 27 nações terão de aderir às regras, abrindo as fronteiras para os portadores do documento. Parece cientificamente lógico, mas a ciência ainda é incapaz de dar o sinal verde para o funcionamento do passaporte, pois não há consenso quanto à transmissão do vírus por vacinados e recuperados, já que, mesmo estando imunizados, eles ainda poderiam ser vetores de contágio.
O governo regional ainda não tem o número de turistas vacinados que entraram na ilha sob as regras do corredor verde. Mas as autoridades têm grandes expectativas para o “passaporte da vacina”, esperando que seja um excelente ponto de venda para atrair turistas britânicos, que representam 27% dos visitantes, quando o Reino Unido permitir as viagens novamente.
FONTE: veja.abril.com.br
Comments